Suporte respiratório em pacientes com Covid-19
Apesar da maioria das pessoas que se infectam pelo coronavírus (COVID-19) serem assintomáticas ou apresentarem apenas sintomas leves, como por exemplo, a perda de cheiro (anosmia), uma pequena parte desses pacientes pode apresentar sintomas mais fortes ou graves e necessitar de internação em enfermaria ou em casos mais raros, em unidades de tratamento intensivo (UTI). O grande problema nesses casos é o aparecimento da dificuldade para respirar (dispneia). Quando isso ocorre, a suplementação de oxigênio é necessária e ocorre principalmente por cateteres colocados nas narinas ou máscaras colocadas sobre o rosto, aumentando assim o aporte de oxigênio ao paciente, (no ar, oxigênio é encontrado a 21%, mas pode chegar a 100% através desses dispositivos). Quando a saturação do paciente (nível de oxigênio no sangue) cai muito, pode ser necessária uma abordagem mais efetiva onde se insere uma cânula diretamente da boca até os pulmões do paciente, (o que na medicina é conhecido como ‘intubação’), permitindo que o oxigênio chegue diretamente aos pulmões. Nesses casos, por conta da necessidade de manutenção do tubo na boca por alguns dias, o paciente deve ser anestesiado para que não sinta o desconforto do tubo. Esse tubo é acoplado a uma máquina (respirador artificial), que por sua vez controla toda a sua respiração como frequência, volume e pressão de ar que entra e sai dos pulmões, nível de oxigênio, etc. Quando o paciente recupera os níveis de oxigênio, a máquina vai sendo progressivamente retirada, esse processo é conhecido como “Desmame”, que refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para a espontânea onde os parâmetros utilizados são progressivamente abaixados até alcançar os níveis normais, quando então a sedação do paciente é suspensa para que acorde e saia de vez do respirador.